segunda-feira, 6 de junho de 2016

L'ILLUSION DE LA LUNE






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L'ILLUSION DE LA LUNE

Tradução para o francês de ILUSÃO DA LUA,
feita pela querida amiga Angela Viegas, que colocou o poema
e a tradução em seu maravilhoso blog
PORTUGAL REDECOUVERTES

La nuit vint doucement
et la lune se leva gracieuse,
allant se se mirer vaniteuse
dans la mare du chemin.

Elle se trova vraiment belle
sourriant avec grâce et fierté
et, de suite, dans leau, en plongeant,
de chimère s'est tout baignée.

Les heures allaient en passant
et les lucioles en clignotant
à la lune pleine de vie,

mais le soleil, cruel, arriva,
l'illusin il étouffa
e la lune tomba anéantie.



ILUSÃO DA LUA


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A ILUSÃO DA LUA

Avelina Maria Noronha de Almeida


Veio a noite de mansinho
e a lua surgiu airosa,
indo mirar-se, vaidosa,
na lagoa do caminho.

Achou-se bela deveras
sorrindo com aire e orgulho
e, dando n'água um mergulho,
banhou-se toda em quimeras.

As horas foram passando
e os vagalumes piscando
pra lua cheia de vida,

Mas o sol, cruel, chegando
foi a ilusão abafando
e a lua tombou vencida.

As imagens apresentadas são de apresentações desta poesia musicada pelo maestro espanhol Cèzar Zumel, apresemtada em Mendoza, na Argentina e em Burgos, na Espanha.
Para ouvir as músicas estes são os sites:

A Ilusao da Lua, César Zumel - CORO REGATAS DE ... - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=BXH_M2NNjiY

A Ilusao da Lua (César Zumel), estreno Coral de Cámara ... - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=htue-tSgEf8
Estreno de "A ilusao da lua" (música César Zumel) cuyo texto es de Avelina Noronha (Conselheiro Lafaiette ...








sábado, 19 de abril de 2014

MARIA AOS PÉS DA CRUZ



















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MARIA AOS PÉS DA CRUZ

Avelina Maria Noronha de Almeida



Num dia muito triste, aos pés da Cruz,

Sofria a dolorosa Mãe, Maria,

Vendo o seu filho amado, o bom Jesus,

Já prostrado em terrível agonia.



A mãe, imersa em tão profunda dor,

Partilhava com o filho o sofrimento.

E o padecente Cristo, o Salvador,

Levantou sua voz nesse momento:



“– Mulher, eis aí teu filho!” mostrando

João. E ao discípulo falou:

“– Eis aí tua Mãe!” Foi quando,

À Imaculada, assim, nos entregou.



E desde aquele dia, Mãe querida,

Somos todos teus filhos. Ó Maria.

Se a nossa pobre alma está ferida,

És o bálsamo que nos alivia.



Se estrada é escura e traiçoeira,

És a luz que ilumina nossos passos.

E se do abismo estamos bem à beira,

O que nos segura são os teus braços.



Mãe de todas as mães! Teus esplendores

São nosso sol, a mais brilhante luz.

És o maior amor entre os amores

E a Estrela Guia que ao Céus nos conduz.




domingo, 2 de março de 2014

TELHADOS DE PARIS









TELHADOS DE PARIS da pintora lafaietense Maria Célia de Souza Andrade, residente em Paris

Arquivo pessoal





TELHADOS DE PARIS

(Quatorze Juillet)

Avelina Maria Noronha de Almeida




O sol se acendeu

nos telhados de Paris

e eles foram acendendo

os telhados

do mundo




domingo, 9 de fevereiro de 2014

ELOS LUMINOSOS


















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ELOS LUMINOSOS

Avelina Maria Noronha de Almeida


Argolas de luz
se encadeiam
entre a Terra
e o Céu

Por elas passam
pensamentos puros
e sonhos
de amor

mas nunca
a ambição
desvairada
de um rei



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

CAMINHOS



















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CAMINHOS

Avelina Maria Noronha de Almeida


Caminho de sombras
Caminho entre flores
Caminho entre pedras
difícil e doloroso
Caminho amedrontado entre montanhas
humilhado
contorcido

Caminho escondido
Caminho de emboscada
Caminho escaldante de sol
Caminho para o Norte
para o Sul
para o Ocidente
para o Oriente

Caminho cercado de bananeiras
onde o vento dedilha
sua melodia verde

Caminho ameaçado
por arames farpados
Caminho que levou um amor
Caminho que trouxe a carta infeliz

Caminho de vento
que levantou a saia rodada
do vestido domingueiro

que derrubou
o galho da árvore
enfeitadinho de flor

Caminho do rio
Caminho da ponte
Caminho da curva
Caminho da poeira
Caminho do cansaço

Caminho onde o carro de boi
vai cantando seu sofrimento
Caminho de vozes do passado
assombrado
Caminho desencaminhado

Caminho iluminado
pela luz prateada do luar

Caminho com palmeiras altas
orgulhosas
Caminho com cruz da estrada
Caminho do martírio
do delírio

Caminho dos sonhos dourados
Caminho da glória
Caminho que não tem fim

Caminho que perdeu o caminho

Caminho do meio-dia
Caminho da meia-noite
Caminho de ida
Caminho de volta
Caminho que não leva
a lugar nenhum

O último caminho
Caminho sem volta



LEMBRANÇAS DE UMA ANTIGA RUA DE CANTO

























LEMBRANÇAS DE UMA ANTIGA RUA DE CANTO

Avelina Maria Noronha de Almeida




A vida tranqüila
e gostosa
de uma rua de canto...

Mulheres
sentadas ao sol,
nos passeios
de pedra, enquanto
mocinhas em flor
desfolham malmequeres.

Crianças vigiando
o passeio das formigas...

Roupas coloridas
balançando nos varais...

As horas vão passando.
As sombras caem
sobre a ruazinha de canto.

Mulheres chegam às janelas
de molduras verdes ou azuis.

“Fui no Itororó...”
Crianças brincam de roda.
“Se esta rua, se esta rua
fosse minha...”

Sonhos sobem para o ar
como balões vermelhos
“eu mandava eu mandava ladrilhar...”
mas se desmancham na noite
como balões incendiados.

E as mocinhas suspiram
sentadas sob o pé de manacá.

A lua surge acima das árvores,
escandalosamente grande
e banha de prata
a ruazinha de canto.

E quando a noite avança,
namorados
cantam
o seu amor
em serenatas.


Lembranças,
longínquas lembranças,
doces fantasmas despertados
esgarçando
a cortina
do passado.